Oportunidade na USP: garotas de 10 a 18 anos podem criar aplicativos e participar de desafio internacional

Inscrições serão abertas no próximo sábado, 30 de janeiro, a partir das 14 horas, em um evento ao vivo no canal do GRACE no Youtube
Se você tem de 10 a 18 anos e quer ingressar no mundo da tecnologia, não pode perder esta oportunidade: o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP oferecerá uma escola de verão gratuita e online para garotas aprendem a criar aplicativos para celular, a Technovation Summer School for Girls. As atividades serão realizadas remotamente de 20 de fevereiro a 10 de abril (clique aqui e veja a programação completa).

Nesta edição, serão disponibilizadas 50 vagas para as estudantes de escolas públicas e privadas de todo o Brasil. As inscrições serão abertas no próximo sábado, 30 de janeiro, a partir das 14 horas, em um evento ao vivo transmitido pelo Youtube.

Durante o evento, será divulgado o link para o formulário de inscrições, explicados os detalhes sobre como funcionará a escola de verão e esclarecidas as dúvidas das interessadas e dos responsáveis. O objetivo da Technovation Summer School for Girls é ensinar as garotas a transformarem ideias em aplicativos, apresentando métodos inovadores e estimulando habilidades relacionadas a empreendedorismo, trabalho em equipe e à arte de falar em público. Outra meta da iniciativa é estimular as equipes a participarem do Technovation Girls, uma competição global de tecnologia e empreendedorismo para meninas.

Para se inscrever, não é necessário ter nenhuma experiência prévia na área de tecnologia, basta as participantes se identificarem como o gênero feminino (englobando transexuais e não-binários), possuir uma conta do Gmail e acesso à internet, além de um computador e um smartphone. Também é preciso ter de 10 a 18 anos até 1º de agosto de 2021 e disponibilidade para participar dos encontros online da escola de verão e interagir de forma remota (via Whatsapp e por meio de reuniões).

Como as vagas para a escola de verão costumam se esgotar rapidamente – está será a terceira edição da Technovation Summer School for Girls e a primeira em que ocorrerá de forma totalmente remota – as organizadoras recomendam que as interessadas participem do evento online e façam as inscrições assim que o formulário for divulgado. A expectativa é de que as vagas se esgotem antes do final da transmissão ao vivo.

Mão na massa – “Durante os encontros online, as meninas vão colocar a mão na massa: trabalhar na ideação do projeto, no desenvolvimento do aplicativo e na apresentação da proposta (pitch). As mais velhas até farão um plano de negócios”, explica a responsável pela iniciativa, a professora Kalinka Castelo Branco, que coordena o Grupo de Alunas nas Ciências Exatas (GRACE).

Criado em 2018, o grupo de extensão é ligado ao ICMC e tem como objetivo desenvolver atividades na área de tecnologia e ciências exatas voltadas para o público feminino. Fazem parte do GRACE, que coordena a escola de verão, estudantes de graduação e de pós-graduação da USP.

São esses estudantes que darão apoio às garotas inscritas na Technovation Summer School for Girls, as quais também contarão com a ajuda de mentores voluntários: profissionais de diversas áreas como tecnologia, engenharia e negócios que acompanharão de perto e de forma remota o trabalho das equipes.

Tal como nas edições anteriores, este ano as participantes se dividirão em times, com até cinco meninas, para criar os aplicativos. Esses grupos, por sua vez, serão separados em duas categorias: Sênior, voltado para meninas de 15 a 18 anos; e Júnior, destinado a quem tem de 10 a 14 anos.

Em 2020, as garotas que participaram da escola de verão no ICMC e se inscreveram no desafio global Technovation Girls conseguiram emplacar dois projetos entre os semifinalistas, na categoria Júnior. Um deles foi o aplicativo Stop Anxiety, voltado para ajudar na identificação e na superação de sintomas de ansiedade, como explicam, no vídeo disponível no Youtube, as cinco desenvolvedoras: Ana Julia Santos Garcia, Claudia Roberta Castello, Julia Roberta dos Santos, Maria Eduarda Santos Linhares e Sofia Bonini Pinto.

O outro projeto semifinalista foi o do aplicativo Smile, criado para contribuir com a redução dos impactos da depressão em crianças e adolescentes. Nesse caso, as quatro desenvolvedoras – Ana Luiza Diogo, Gabriela Kaori, Julia Moraes e Mariana Toledo – tiveram a ideia de criar uma plataforma de cadastro para profissionais de saúde e o aplicativo permitiria, assim, o contato direto das crianças e adolescentes com esses profissionais.

As garotas concorreram com 5,4 mil meninas de 62 países. Desse total, 1.130 eram brasileiras, reunidas em 218 diferentes grupos. Como semifinalistas do desafio havia 11 times do Brasil: 6 na categoria Sênior e 5 na Júnior. “Provavelmente, se não houvesse a escola de verão, essas duas equipes que participaram da iniciativa não conseguiriam chegar à semifinal da competição global”, diz Kalinka.

Projeto amplo – A Technovation Summer School for Girls começou sob o guarda-chuva de um grande projeto chamado Ações no ensino fundamental e médio: inclusão feminina no ensino superior de ciências exatas, aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no final de 2018.

Os bons resultados do projeto levarão à continuidade da iniciativa, que foi novamente aprovada pelo CNPq em 2019: Ações no Ensino de Ciências na Educação Básica: ações inovadores para o ensino de ciências fazendo uso de programação com foco na melhoria do ensino público.

Os dois projetos são coordenados pela professora Kalinka e têm o apoio da Diretoria de Ensino de São Carlos e da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), por meio do programa Meninas Digitais.

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC

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